segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Um novo membro chegou à família...

Desde o meu último post a minha vida de mãe mudou imenso…o Diogo chegou em Abril de 2011.

A gravidez é um momento mágico da vida, mas causa grandes mudanças em todas as famílias.

Novas responsabilidades são adquiridas, horas de sono são perdidas, mas nada se compara ao momento do nascimento, em que se testemunha o surgimento de um novo ser, que está ligado ao nosso sangue.

São mudanças para todos, ainda mais se não for o primeiro filho. E é exatamente aí que mora um dos problemas mais comuns nas famílias: administrar as reações da irmã mais velha.

A preparação antes do novo bebé chegar, o ciúme, a chegada, a convivência entre os dois e a falta de tempo dos papás para brincadeiras com a mais velha, principalmente depois de 7 anos como filha única.

Ao longo do tempo a Catarina (irmã mais velha) vai percebendo que ela também é importante no desenvolvimento do irmão e lembramo-la que um dia também ela já foi um bebé.

A partir daí já começa a ter mais noções de responsabilidade e todos saiem ganhando.

sábado, 10 de outubro de 2009

Ao telefone, é ainda mais perigosa.

A clarividente (cont.)

O primeiro aparelho de comunicação sem fios foi, obviamente, a minha mãe.
Quando eu era bebé, ela conseguia ouvir o meu mais pequeno suspiro da outra ponta da casa.
Agora que sou adulta, consegue ouvir o meu mais pequeno suspiro da outra ponta da cidade, ou até do país.
Sem pegar no telefone, a minha mãe tem o poder de adivinhar o que comi ao pequeno-almoço a 5000 quilómetros de distância.
Consegue detectar o meu estado de espírito através da minha caligrafia num postal de aniversario e acorda a meio da noite com o pressentimento de que eu exagerei nas compras.
Consegue avaliar o meu nível de stress só de olhar para a Lua.
Detecta no ar o meu nível de consumo de hidratos de carbono.
Se olhar para oeste de olhos semicerrados, consegue adivinhar o meu saldo bancário.
Sabe quando eu estou “feliz”, “muito feliz”, “mais ou menos feliz”, “nada feliz” ou “infelicíssima”.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

A clarividente

"Ela sabe quando estás a dormir

e sabe quando estás acordado.

Ela sabe se te portaste bem ou mal.

Por isso, por favor, tem cuidado!"

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Mãe só há uma...

"A maior parte das outras coisas maravilhosas da vida vem aos dois e três, às dúzias e às centenas.

Há muitas rosas, estrelas, arco-íris, irmãos e irmãs, tias e primos, mas, no mundo inteiro, Mãe há só uma."

Kate Douglas Wiggin

O que é uma mãe?

Uma mãe pode ser de quase todos os tamanhos ou idades, mas nunca admitirá ter mais de trinta anos.

Uma mãe tem mãos suaves e cheira bem.

Gosta de vestidos novos, de música, de ter a casa arrumada, dos beijos dos filhos, de uma máquina de lavar e do papá.

Não gosta de ter os filhos doentes, de pés enlameados, de birras ou más notas.

Uma mãe sabe ler o termómetro (para grande espanto do papá), gosta de magia e pode dar beijinhos até magoar.

Uma mãe sabe fazer bons bolos e doces, mas gosta que os filhos comam legumes.

Uma mãe consegue vestir um bebé gordinho num instante e sabe dar beijinhos em caras tristes e fazê-las sorrir.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Minha razão de vida...

Numa das minhas leituras nocturnas encontrei este poema que adorei e vos quero deixar...

 

"Minha filha meu poema
Meu doce tema... d'inspiração
Amor por mim inventado
Musa dum fado... feito paixão...
Meu pedacinho de vida
Com olhos lindos... da côr do céu
Minha roseira florida
Prémio que a vida... me ofereceu

Minha filha minha amada
Minha alvorada... de encantamento
Meu respirar de alegria
Meu novo dia... meu novo alento...
Tens no rosto tal beleza
Que à natureza... fazes ciúme
Tens perfil de terna flor
E o teu amor... é meu perfume

Meu quadro d'amor sublime
Por ti se exprime... meu coração
Meu sonho realizado
Fado cantado... com devoção...
Meu sol de cada manhã
Meu talismã... minha verdade
Poema mais que desperto
Caminho aberto... p'rá felicidade"

José Fernandes Castro 

domingo, 20 de setembro de 2009

Porque eles também têm o direito, ser pai é...

"Ser Pai, Ser Amor Vivo
Ele fala com o filho no ventre da mãe,
Toca, sorri, chora de emoção.
O seu amor é verdadeiro e original
O fato de ser pai é um presente,
Valoroso presente.
Este presente está sempre presente
O seu maior presente
É o dom de ser
Simplesmente pai.

Ser Pai, Ser Percepção
Ele percebe com facilidade
Quando seu filho está
Alegre ou triste,
Bem ou mal.
Percebe para modificar a realidade
Transformando o estado emocional,
Dando a todos o direito de
Expressar os sentimentos,
De viver com maior prazer e satisfação.

Ser Pai, Ser Semeador
Ele semeia na mente e no coração dos seus
As sementes do amor, diálogo, respeito,
Carinho, confiança, responsabilidade.
Semeia acreditando no seu verdadeiro potencial
E na certeza de fazer o bem
Aos seus "Grandes Bens: Filhos".

Ser Pai, Ser Ação
Ele é homem de ação: Ama agindo.
Sua ação é amorosa,
Edificante, transformadora.
Antes de transformar os outros,
Ele se transforma,
Tornando-se modelo para
Modelar seus corações.

Ser Pai, Ser Amigo
Ele é amigo, aquele que escuta,
Que orienta, que corrige,
Que entende, que confia.
O amigo sabe dizer "Sim" ou "Não"
Quando preciso for,
Age com admiração,
Coerência e verdade.
É AMIGO."
 
José Damião Limeira

sábado, 19 de setembro de 2009

Poema à Mãe

"No mais fundo de ti,
eu sei que traí, mãe.
Tudo porque já não sou
o menino adormecido
no fundo dos teus olhos.

Tudo porque tu ignoras
que há leitos onde o frio não se demora
e noites rumorosas de águas matinais.
Por isso, às vezes, as palavras que te digo
são duras, mãe,
e o nosso amor é infeliz.

Tudo porque perdi as rosas brancas
que apertava junto ao coração
no retrato da moldura.

Se soubesses como ainda amo as rosas,
talvez não enchesses as horas de pesadelos.

Mas tu esqueceste muita coisa;
esqueceste que as minhas pernas cresceram,
que todo o meu corpo cresceu,
e até o meu coração
ficou enorme, mãe!

Olha - queres ouvir-me? -
às vezes ainda sou o menino
que adormeceu nos teus olhos;
ainda aperto contra o coração
rosas tão brancas
como as que tens na moldura;
ainda oiço a tua voz:

Era uma vez uma princesa
no meio de um laranjal...

Mas - tu sabes - a noite é enorme,
e todo o meu corpo cresceu.

Eu saí da moldura,
dei às aves os meus olhos a beber.

Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.

E deixo-te as rosas.
Boa noite. Eu vou com as aves."

Eugénio de Andrade


Ser mãe é isto...

"Queria abraçar-te com força, tomar-te nos meus braços e embalar-te pelo dia adentro e até ao fim da noite.

Queria limpar as tuas lágrimas com um pano suave como uma nuvem, tocar ao de leve a tua pele, deixando os meus dedos afagarem cada pedacinho, para te tapar com amor, com desvelo e carinho.

Queria ter a certeza que o céu te cobrirá para sempre de bênçãos, que a tua vida será doce, aprazível, calma como o mar em dia de maré vazia, quando foge da praia e parece plano, um espelho. Queria afastar de ti todos os perigos, todos os males, todas as mágoas.

Mas sei que não é possível e sei também que é assim que deve ser. Porque quem nunca chorou não é um ser humano pleno, quem nunca se arrependeu de algo não vale a pena andar por cá, a gastar palavras e gestos e a fingir que existe.

Porque o teu futuro é hoje, e o que foi ontem e o que será o amanhã e tu guardarás dentro de ti tudo o que viveste, o que doeu e o que te fez rir, numa mistura tão estranha como poderosa.

Porque os que atravessam a vida plenos de certezas, os que nos rodeiam e não sentem necessidade de questionar porque nasce o sol, quem fez as flores ou o que vai dentro de alma se é verdadeiro ou não, ou se tudo o que sentimos é uma fuga, desses não devemos ter nada a não ser pena.

O meu amor por ti será sempre maior que o universo. Porque te sei como tu não sabes, te conheço como ninguém e por estas razões só posso ter orgulho, e não existe dentro de mim sobra de medo do teu futuro, da tua vida. Ser mãe é isto."

Luisa Castel-Branco